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Hospital Ophir Loyola recebe músicos da Amazônia Jazz Band

A ação é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e teve a segunda edição nesta quarta-feira (17)
Por Thaís Siqueira (SECULT)
17/11/2021 13h30 - Atualizada em em 25/11/2021 13h35

Na manhã desta quarta-feira (17), integrantes da Amazônia Jazz Band (AJB) tocaram para pacientes e profissionais de Saúde do hospital Ophir Loyola, em Belém. A ação faz parte do projeto Sons de Acolhimento, uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Essa foi a segunda vez que artistas do Theatro da Paz levaram música para o espaço, neste ano de 2021. A primeira ação ocorreu em outubro passado, com os músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP).

Durante a ação, enquanto os músicos Elias Coutinho (saxofone), Augusto Meireles (contrabaixo) e Kim Freitas (violão) tocavam na área comum do Ambulatório, outros três músicos – Marcos Vinícius (saxofone), Toninho Gonçalves (flauta transversal) e Daniel Serrão (saxofone) – seguiram pelas enfermarias, se apresentando para os pacientes internados nas alas. No repertório, tiveram destaque algumas canções românticas internacionais, gospel e até carimbó.

O contrabaixista, Augusto Meireles, explicou que a escolha das músicas foi muito natural, feita praticamente durante a apresentação. “Dependendo de como fosse a reação das pessoas, nós seguíamos em um estilo ou outro. Tocar aqui é uma grande satisfação, porque, às vezes, a gente nem se dá conta de quantas pessoas precisam de um certo tipo de conforto, principalmente, por meio da música, em um momento de aflição. Algumas estão esperando um parente que está em tratamento, elas precisam de tranquilidade e a música traz isso. Nos sentimos muito honrados com o convite e estamos aí para atender sempre que for necessário”, disse.

A assistente social, Olgarina Vieira, 49, é uma das pacientes do hospital e uma das participantes mais animadas da ação. Assim que ouviu o carimbó começar, arriscou alguns passos no centro da roda, junto com algumas profissionais de saúde. “É uma coisa que deixa a gente mais leve, nós estamos em um local de tratamento de câncer, chegamos aqui com tantos problemas, mas quando somos recebidos com música, isso deixa a pessoa muito mais leve. Eles tocaram vários tipos de ritmos e eu não dançava há um ano, desde que comecei o tratamento contra um câncer, e hoje eu dancei carimbó e me diverti muito”, contou Olgarina.

Para a terapeuta ocupacional e chefe da Divisão de Terapia Ocupacional, Márcia Nunes, esse tipo de iniciativa é fundamental, sobretudo, em um ambiente onde se sentir acolhido é tão importante. “É uma atmosfera de calor que modifica completamente o local, faz com que as pessoas se tornem mais sensíveis. E isso permite que elas se aproximem mais, sejam mais gentis. A música permite isso: tocar o coração, fazer com que você dê o seu melhor. O humor melhora, a concentração e a empatia também”, pontuou a profissional de saúde.