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Inclusão e diversidade marcaram a programação da manhã desta quinta-feira (02)

Por Thaís Siqueira (SECULT)
02/12/2021 14h08 - Atualizada em em 04/12/2021 14h10

Espetáculos de diversidade e inclusão marcaram a manhã do dia 02/12O segundo dia da 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes começou com contadores de história e grupos artísticos formados por pessoas com deficiência chamando a atenção do público presente. As performances aconteceram no palco da Arena Multivozes enquanto a movimentação nos estandes acontecia. 

O espetáculo lítero-musical ‘Ybytu e as Estrelas Caladas’ trouxe a história do menino guerreiro que se depara com o desafio de proteger a floresta. Em seguida, a ‘História da Avó’ foi contada para o público, com promoção da Secretaria Municipal de Educação.

Para a professora Alessandra do Socorro Costa, que trouxe um grupo de dez alunos da rede municipal, a programação é uma oportunidade de incentivar a literatura nas crianças por meio de diversas linguagens.

“É um grande evento todos os anos. Desta vez, trouxemos uma pequena representação da nossa escola para conviverem com o mundo da leitura fora da sala de aula, conhecendo um pouco mais da nossa cultura, que não se restringe aos livros mas inclui música, contação de histórias, a oralidade. Estamos gostando muito”, avaliou a docente.Espetáculos lítero-musicais com a participação de pessoas com deficiência chamaram atenção do público que compareceu no Mangueirinho pela manhã

A diversidade também esteve presente com a participação de pessoas com deficiência. Na plateia, Gardênia Ramos orgulhava-se do filho Carlos Eduardo Ramos, 9 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA) e integrava o grupo que apresentou ‘Poesias do Rap’. “A sensação é muito gratificante e feliz porque ele gosta. Nós como mães dos alunos estamos gostando muito”, conta.

O Grupo Corpo e Arte da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) trouxe o espetáculo ‘Batuque’, que é baseado na obra de Bruno Menezes. Gemille Sales é professora do grupo e montou a apresentação.

“É uma justa homenagem ao nosso poeta paraense, nós mergulhamos na poesia da Nega e Marimbondo Sinhá para construir o espetáculo. São todas pessoas com deficiência que fazem parte desse processo e do grupo que se apresenta em festivais a fora. É de grande importância para os nossos alunos estarem em um evento como esse”, afirmou Gemille.

Contação de histórias perpetua a oralidade, um traço importante da cultura regional amazônidaAlém das apresentações na Arena Multivozes, os stands da Feira estiveram movimentados, mas com tranquilidade. A família de Sérgio de Assis, inclusive, aproveitou o momento mais ameno da manhã para matar a saudade do evento presencial e fazer as escolhas literárias.

“Para nós que sempre gostamos de participar, o ano passado fez uma falta muito grande. Matar a saudade, olhar, pesquisar tudo está sendo muito bom. Trabalhamos no fim de semana e além disso, por uma questão de segurança em saúde, escolhemos vir hoje para visitar cada stand com calma e também fica mais fácil comprar no começo”, contou.Crianças se divertiram com representações nos estandes

Serviço:

A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre até domingo (05), de 9h às 21h, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho. 

Texto: Dayane Baía (SECOM)