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Encontros literários, lançamentos e apresentações marcam o 2º dia da Feira

Por Thaís Siqueira (SECULT)
02/12/2021 20h31 - Atualizada em em 04/12/2021 20h47

Encontro literário no segundo dia da Feira Pan-Amazônica do Livro e das MultivozesA 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes prossegue repleta de exposições, contação de histórias, rodas de conversas e apresentações culturais. Na programação desta quinta-feira (2), Salomão Larêdo, Zélia Amador, Edyr Proença e João de Jesus Paes Loureiro, apresentaram ao público seus trabalhos mais recentes e debateram sobre a importância do incentivo à leitura e ações que fomentem essa prática.

Desde 2019, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) vem tornando o evento literário mais inclusivo, diverso e democrático. O conceito das Multivozes na exposição visa garantir um dia inteiro de programação dedicado a compreender e fomentar a cultura da diversidade, já que a Feira Pan-Amazônica do Livro se configura como um espaço de construção de identidades.

O primeiro bate-papo teve como participantes a professora universitária Zélia Amador de Deus, militante do movimento negro e artista, e o jornalista, advogado, contista, poeta e romancista Salomão Larêdo. O segundo encontro reuniu o escritor e jornalista Edyr Proença, e o escritor, poeta e professor universitário João de Jesus Paes Loureiro. A mediação coube a Francisco Neto e Paulo Maués, respectivamente.

Zélia Amador de Deus abordou a coletânea sobre cultura e identidade negraZélia Amador falou sobre os contos amazônicos que reflete em suas obras literárias. Ela disse que seu novo livro inaugura uma coletânea que aborda a cultura e a identidade negra, a qual descreve de maneira minuciosa as políticas afirmativas e o racismo. O exemplar já estava pronto há bastante tempo, mas devido à pandemia de Covid-19 não foi lançado.

Negritude - O novo livro da escritora é “Caminhos Trilhados na Luta Antirracista”. O conjunto de textos reunidos nesta nova obra mostra a trajetória percorrida por Zélia Amador, incluindo sua participação na III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correta, ocorrida em Durban, na África do Sul - que deu origem à Declaração e ao Programa de Ação de Durban -, até as recentes discussões que a escritora promove sobre diversos assuntos referentes à negritude, considerando os contextos e as mudanças políticas.

Salomão Larêdo lançou quatro obrasSalomão Larêdo lançou quatro obras literárias do gênero romance: Olho de Boto; Antônia Cudefacho; Cabaré dos Bandidos e Pedral Canal do Inferno. Este último é um romance ficcional que surgiu de uma das muitas leituras que o escritor fez sobre o livro do engenheiro cametaense Ignácio Baptista de Moura (1857-1929), denominado “De Belém a S. João do Araguaia - Vale do Rio Tocantins”, publicado em 1910, e reeditado em 1989 pela Fundação Cultural do Pará (FCP e Secretaria de Estado de Cultura (Secult), como o livro 4 da coleção ''Lendo o Pará”.

Há quase 30 anos Salomão Larêdo dedica-se à promoção da leitura, empenhado em formar leitores com consciência social, crítica e política. Ele destacou que “esta é uma grande oportunidade que a Feira Pan-Amazônica nos dá, para poder estar aqui e autografar a mais nova obra ‘Pedral Canal do Inferno’, a qual estou lançando aqui. Fico muito contente e feliz com a oportunidade, e a exposição abre a chance para nós trazermos outras obras literárias para o público leitor”.

Edyr Augusto Proença falou sobre atividades durante a pandemia'Raiar do dia' - Para o jornalista Edyr Proença, “o retorno das atividades é de suma importância, não somente por tudo que nós passamos. Uma noite que se abateu sobre a cultura paraense, e este evento representa o raiar do dia. Eu e um grupo de escritores estamos retornando com nossas atividades presenciais, mas é importante destacar que durante a pandemia nós montamos uma exposição para vender produtos originários da cultura paraense, o qual teve excelentes resultados, e novamente temos a oportunidade de expor nossos trabalhos”.

Ainda no segundo encontro literário, o escritor João de Jesus Paes Loureiro contou que, no auge da pandemia de Covid-19, escreveu um novo poema retratando as angústias e notícias veiculadas nos meios de comunicação. A nova obra foi intitulada “Poema de amor e de ódio”, sendo recitada ao público presente na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.João de Jesus Paes Loureiro apresentou um novo poema

Alguns exemplares de obras dos quatro escritores estão disponíveis para venda em diversos estandes da Feira do Livro.

Atração musical - Para fechar a programação do 2º dia do evento literário, o cantor paraense Nilson Chaves apresentou algumas canções de seu vasto repertório na Arena Multivozes, na área externa da Arena Guilherme Paraense (Mangueirinho), onde a Feira do Livro é realizada.

O público aprovou a apresentação do artista, um dos compositores e cantores paraenses mais reconhecidos no mercado internacional.

Texto: Vinícius Leal - Ascom/Seduc