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Amplificando as vozes da inclusão: apresentações culturais desta sexta (03) destacam a importância da diversidade

Por Thaís Siqueira (SECULT)
03/12/2021 16h03 - Atualizada em em 05/12/2021 10h24

Centro Integrado de Educação Especial (CIEES), brilhou com a apresentação ″Sons do Pará″ dando um show de música, diversidade e inclusãoA cultura e o lazer são elementos essenciais para a promoção da saúde, desenvolvimento e inclusão de pessoas com deficiência. Nesta sexta-feira (03), dia em que é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes reservou um espaço especial para as vozes da inclusão. 

O dia de apresentações começou com um teatro de fantoches com o tema "Projeto Animal: zelo e cuidado sem igual", da Escola Estadual Professor Acy de Jesus N. Barros Pereira. A ação contou com a participação de alunos em diversas áreas da produção.

"Nossa produção contou com a participação de todos os alunos e foi interessante observar como cada um desenvolveu o projeto de acordo com sua aptidão. Contamos com alunos apresentando a peça, mas também tivemos alunos autistas que realizaram toda a produção de fantoches e ficamos contentes com um resultado tão lindo que incentivou a potencialidade das crianças", afirma a professora Roma Arnoud, coordenadora do grupo de teatro. 

A manhã seguiu com a apresentação do projeto "Viva a diversidade", protagonizado por alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia. As apresentações artísticas culturais ficaram por conta do Grupo Folclórico Vitória Régia, da Fundação Pestalozzi do Pará; do Centro Integrado de Educação Especial (CIEES), com a apresentação "Sons do Pará"; da Unidade Técnica José Álvares de Azevedo da Secretaria de Educação, que há 66 anos trabalha com a educação da pessoa com deficiência visual e marcou presença com uma apresentação musical; e, para finalizar, a apresentação cultural "A garça namoradeira", do grupo de dança da Unidade Técnica Especializada Marly Fontenelle, de Santo Antônio do Tauá. 

Grupo Folclórico Vitória Régia, da Fundação Pestalozzi do Pará, também fez parte das performances artísticas de cultura regionalAs performances destacaram a importância da inclusão e da diversidade e promoveram, também, a valorização da cultura regional. Integrante do grupo Pestalozzi, Paulo Miranda dançou Carimbó com grupo e ressaltou a alegria de apresentar uma música paraense após o período de preparação. "Amo a dança e depois de tantos ensaios, é muito bom poder apresentar uma música do Pará que eu e meus colegas gostamos tanto". O dançarino é deficiente intelectual e está no grupo há vinte anos. 

Para Ivanir Brito, merendeira da Escola República de Portugal que acompanhou 13 alunos da instituição durante a programação, acompanhar os espetáculos é importante para a formação dos alunos. "Ficamos muito felizes com a realização da Feira este ano e acho muito importante que, dentro do universo da leitura, também sejam apresentados assuntos como a inclusão, para conscientizar nossas crianças desde cedo sobre o respeito", disse. 

Teatro de fantoches abriu a manhã dessa sexta (03) contando uma história com o tema ″Projeto Animal: zelo e cuidado sem igual″Um grande diferencial desta edição da Feira é o stand chamado "Planeta Acessibilidade", que conta com cadeiras rolantes disponíveis para visitantes, além da visitação guiada pela feira, realizada pelo projeto "Lamparina Acesa". O projeto também realiza a tradução e interpretação das programações culturais para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a áudio descrição, como forma de garantir a acessibilidade durante a Feira. Os visitantes interessados no apoio devem procurar os guias de acessibilidade no stand e serão indicados para os profissionais de acordo com a necessidade. 

Serviço:

A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre até domingo (05), de 9h às 21h, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho.  

Texto: Isabela Quirino (EGPA)