Nesta segunda-feira (7), o Ministério Público do Estado (MPPA) realizou uma visita de acompanhamento das obras do Cemitério da Soledade, que será um cemitério-parque, e, ainda, do Palacete Faciola e de duas casas adjacentes, que abrigarão o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC).
O procurador de Justiça do MPPA, Nilton Gurjão, e a engenheira do Grupo de Apoio Técnico Institucional (GATI/MPPA), Maylôr Ledo, foram acompanhados pela secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, o secretário-adjunto da Secult, Bruno Chagas, a diretora do DPHAC, Karina Moriya, o diretor de Patrimônio, Helder Moreira, e o diretor de Projetos, Nelson Carvalho.
“Eu gostaria de parabenizar o Governo do Estado, em nome da Secretaria de Estado de Cultura e da secretária Ursula Vidal, pelo empenho em resgatar essas obras tão importantes, esses prédios tão significativos para o Estado do Pará. São obras que estão em estágios diferentes, mas feitos com muito cuidado e sensibilidade para a população de Belém e de todo o Pará. Aprimorar esse resgate é muito importante, então estão de parabéns”, avaliou o procurador de Justiça, Nilton Gurjão.
As obras do Cemitério da Soledade iniciaram em agosto passado e incluem o restauro de parte da arquitetura mortuária e do pórtico, a criação de uma nova entrada voltada para a rua Dr. Moraes, a construção de calçamentos com acessibilidade, banheiros, área para administração, iluminação e paisagismo. O projeto é o resultado de um Acordo de Cooperação Técnica para o restauro e requalificação, assinado entre o governo do Estado, por meio da Secult, e a Prefeitura de Belém.
“Alcançamos aproximadamente 50% da obra. Os quadrantes A e B já estão finalizados e já iniciamos os trabalhos no terceiro. É importante dizer que o processo restaurativo das sepulturas e dos mausoléus é muito delicado e vai correr ainda ao longo do tempo, sendo elaboradas etapas”, explicou Nelson Carvalho, diretor de Projetos da Secult.
Já o Palacete Faciola está 80% concluído e tem previsão de entrega para o final de junho deste ano. Com a infraestrutura toda pronta, a obra das três casas está na fase de acabamento. A diretora do DPHAC, Karina Moriya, conta que, durante o trabalho restaurativo, a equipe encontrou várias pinturas remanescentes de épocas que até os antigos moradores desconheciam e o projeto priorizou esse tratamento cuidadoso.
“Estamos trabalhando para que o imóvel seja requalificado para um uso institucional, ou seja, ele vai funcionar como equipamento cultural para que as pessoas possam visitar e para que a casa tenha uma função social”, explica.
A secretária de cultura, Ursula Vidal, frisou a importância dos dois projetos. “O governo do Estado vem avançando de maneira muito dedicada na preservação do patrimônio arquitetônico. Já são cerca de 40 milhões de reais em investimentos, nos últimos 3 anos, entre museus, memoriais, nosso Theatro da Paz, e agora estas duas preciosidades de períodos distintos da história do Pará", afirmou.
"Firmar parcerias que fortalecem o processo formativo, como é o caso da atuação do Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação (Lacore/UFPA) nas obras do Soledade, e planejar um trabalho de educação patrimonial numa edificação de rara beleza, como é o caso do Palacete Faciola - estruturas há muitos anos abandonadas - são parte luminosa de nossa missão institucional. Ficamos felizes com este reconhecimento pelo Ministério Público do esforço feito pelo governo”, concluiu a secretária.