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Centro Cultural Palacete Faciola abrigará acervos audiovisuais e pesquisas patrimoniais

Espaço abrigará os acervos do MIS e do DPHAC, com mobiliários, biblioteca para pesquisas, equipamentos audiovisuais e sonoros, além de coleções importantes do cinema regional
Por Quezia Dias (SECULT)
10/06/2022 11h34 - Atualizada em em 06/10/2022 14h12

A reestruturação de patrimônios históricos do Pará preserva a memória antepassada e democratiza o conhecimento regional para novas gerações. Por meio do rigoroso trabalho de qualificação e infraestrutura, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), entrega no próximo dia 25 de junho o Centro Cultural Palacete Faciola, patrimônio que será a nova casa do acervo cultural do Museu de Imagem e do Som (MIS) e o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC).

O Palacete é composto por três casas, duas delas vão abrigar os acervos do MIS e do DPHAC, com mobiliários, biblioteca para pesquisas, equipamentos audiovisuais e sonoros, além de coleções importantes do cinema regional, que vão desde obras de 1950 até os anos 2000.

A nova moradia do MIS contemplará cerca de 4.460 mídias sonoras em fitas K7, discos de vinil e CD’s; e 4.485 mídias audiovisuais, que englobam fitas VHS, rolos de películas 35mm/16mm, DVD’s, fitas mini DV e DV Cam e HD Cam. O museu ainda preserva 600 fotografias de acesso público e 500 materiais impressos. 

As principais obras que compõem a coleção do museu são longas-metragens e documentários de Líbero Luxardo; cine jornais de Milton Mendonça; documentário do Museu do Marajó, de autoria do padre Giovanni Gallo; partituras, músicas, cartas e fotografias do maestro Waldemar Henrique e de Altino Pimenta; cartazes de filmes de Pedro Veriano; depoimentos de figuras públicas paraenses; filmes paraenses contemporâneos e filmes brasileiros da Agência Nacional do Cinema (Ancine). 

De acordo com o diretor do MIS, Januário Guedes, a projeção do novo espaço do museu é pensada em um período imediato de curto, médio e longo prazo. No primeiro momento, serão realizadas duas exposições, compostas por maquetes históricas de Belém e objetos do cinema e audiovisual, que fazem parte das peças fixas do museu. Em curto prazo, pretende-se promover sessões de cineclube; o médio e longo prazo são pensados para pesquisas feitas por professores e estudantes, juntamente com a criação de ações sobre de educação patrimonial para alunos de escolas públicas.

Após 50 anos de criação do museu, a expectativa é que o patrimônio tenha, de forma permanente, a estrutura e ferramentas adequadas para o manuseio. “Vamos contar com parâmetros e equipes preparadas para diagnosticar, recuperar, conservar e difundir nosso acervo audiovisual. O Museu da Imagem e do Som tem um diferencial, porque possui um perfil de base tecnológica, depende de instalações apropriadas e aparatos tecnológicos”, afirma o gestor do museu.

Já o DPHAC funcionará com a estrutura organizacional de arquivos e uma biblioteca especializada em publicações referentes ao departamento, que consiste em processos, plantas, fotografias, livros, folhetos, periódicos e slides – cuja finalidade é disponibilizar o acervo para pesquisas, análises e atividades educativas patrimoniais.

Ainda haverá um espaço expositivo sobre o Palacete Faciola que compreende mobiliários históricos e explicações sobre o processo de restauro. Parte do mobiliário corresponde ao Museu do Estado do Pará (MEP) e ao Museu da Imagem e do Som.

A abertura do Centro Cultural Palacete Faciola irá inaugurar o espaço físico do DPHAC, explica a diretora do espaço, Karina Moriya. “O departamento contará com espaços onde as pessoas poderão visitar, pesquisar e entender a importância do trabalho de preservação, restauro e áreas de socialização e de desenvolvimento da cultura paraense”, salienta.

Assim que for aberto ao público, o departamento funcionará de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. Os visitantes poderão conhecer mais sobre o trabalho de restauração do casarão e de outros estudos bibliográficos patrimoniais.