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Exposição Sagrado Feminino abre Preamar do Círio na Galeria Fidanza

O público verá em 31 imagens feitas por fotógrafas paraenses muito da emoção que transborda em todas as romarias
Por Thaís Siqueira (SECULT)
05/10/2022 14h33 - Atualizada em em 11/10/2022 14h07

A devoção e a fé de mulheres por uma divindade religiosa feminina compõem a temática da Exposição Sagrado Feminino, aberta na noite desta terça-feira (04) na Galeria Fidanza, que integra o Museu de Arte Sacra (MAS). Durante a abertura, a nave da Igreja de Santo Alexandre recebeu músicos do Projeto Música nos Museus, executado pela Fundação Carlos Gomes (FGC).

A mostra faz parte da Estação 1 do Preamar do Círio, programação anual do Governo do Pará, realizada por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM).

São 31 imagens, captadas por 11 fotógrafas paraenses: Carina Viana, Cristina Carvalho, Daniela Almeida, Dani Jacob, Dela Lima, Iza Girard, Mara Hermes, Márcia Seabra, Nádia Borborema, Rosana Teixeira e Rosário Travassos. Também fazem parte da exposição itens do acervo do Museu do Círio, expressando o simbolismo da quadra nazarena.

O curador da mostra e diretor do Museu de Arte Sacra, Emanuel Franco, explicou como foi feita a seleção das obras. "Este ano, pensamos em abordar uma exposição que fizesse esse diálogo entre a devoção da mulher e a imagem da Santa. Assim, resolvemos convidar fotógrafas paraenses que tivessem em seu acervo esse conteúdo, que mostrasse essa dualidade devota. Foram analisadas muitas imagens e, ao final, chegamos a 31 itens que carregam toda a emoção e a fé da mulher cristã", informou.


Captando emoções - Uma das fotógrafas convidadas pelo curador, a professora Cristina Carvalho, disse que começou a fotografar em 2014 e, desde então, tem o Círio como uma de suas inspirações. "O Círio faz parte da vida da gente, e atravessa vários momentos do cotidiano paraense. Nas procissões, sempre tem aquela pessoa que chama a nossa atenção, por ser um momento muito emocionante, e tentamos captar esses instantes. É uma tentativa de segurar aquele momento na fotografia, onde todo mundo está ali com um objetivo único. Não tem separação de raça, de credo, de cor, não tem nada. A corda é uma coisa só. Você não sabe quem é pobre, quem é rico. E a fotografia registra isso", detalhou a fotógrafa.

A exposição está aberta para visitação até 20 de novembro, de terça a domingo, das 09 às 17 h. No entanto, no dia 09 de outubro, dia do Círio, o Museu estará fechado em decorrência da passagem da romaria principal da festividade.