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Em Belém, Secult promove evento de escuta e diálogo sobre o patrimônio

Secretaria busca gestão de política pública e recursos de forma mais democrática, transparente e participativa
Por Josie Soeiro (SECULT)
01/03/2023 14h21 - Atualizada em em 22/03/2023 12h45

Foto: Mário Quadros / Secult

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), promoveu, na última terça-feira (28), um encontro com a sociedade civil no auditório Eneida de Moraes, do Palacete Faciola, transmitido pelo canal de YouTube da Secult. A reunião teve como objetivo dialogar sobre o patrimônio e teve a participação do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass. 

A mestra de cultura, Iracema Oliveira, abriu a reunião, que contou com grande participação do público. A mesa foi composta pela mestra, pela secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, Leandro Grass, e Deyvesson Gusmão, servidor do Iphan. Os representantes da sociedade civil presentes fizeram diversas perguntas e sugestões, explicando suas necessidades e aspirações. Também foram respondidas questões enviadas de forma virtual. 

Foto: Mário Quadros / Secult“Nós queremos que a sociedade civil diga como será feito o processo, estamos ouvindo o que quem faz cultura tem a nos ensinar sobre o modelo de aplicar o recurso público. Nós estruturamos a política pública para que, da forma mais democrática, mais transparente e participativa, esse recurso chegue. E pra isso nós vamos contar muito com o Iphan, um parceiro importantíssimo não só na fiscalização, na salvaguarda, nos planos, no apoio a todos os nossos projetos de reconstrução e restauro do nosso patrimônio material, mas também no trato respeitoso do nosso patrimônio imaterial”, enfatizou a secretária de Cultura. 

Os representantes do Iphan apontaram o objetivo de, a partir deste encontro, traduzir as demandas levantadas pela sociedade civil para inseri-las na agenda do Instituto. Nos planos a serem desenvolvidos neste governo, de resgate da educação patrimonial, com a finalidade de comprovar que o patrimônio é uma oportunidade para o desenvolvimento econômico. 

Foto: Mário Quadros / Secult

“Neste momento nós temos alguns desafios de curto prazo, considerando que o Pará, a Amazônia brasileira vai receber a COP 30, em 2025, e há um esforço do Governo Federal junto com o Governo Estadual e Municipal de avançar em algumas ações que são de conservação, mas também de integração com o patrimônio imaterial. De nada adianta ter um prédio conservado, se ele não está bem ocupado, se a cultura não vive ali dentro”, declarou o presidente do Iphan.

A professora da faculdade de Conservação e Restauro da Universidade Federal do Pará,
Roseane Norat, foi uma das pessoas a contribuir com o encontro e destacou “Nós temos que manter esse diálogo, ele não pode ser rompido. Além disso é importante fortalecer estratégias para que esses fóruns sejam permanentes e que eles sejam de fato instrumentos de compromisso com a sociedade e poder público, alinhando caminhos. Que venham outras reuniões em âmbito nacional, estadual e municipal”. 

Estudante de arqueologia, Patrícia Silva também viu na iniciativa uma oportunidade para a salvaguarda patrimonial da região. “A partir de agora, dessa escuta, creio que vamos para um outro caminho, um caminho mais participativo, democrático e de interesse na salvaguarda dos nossos patrimônios. Estou com a expectativa de que hoje foi dado o passo inicial e que a partir de agora vamos trilhar caminhos mais objetivos neste sentido”, enfatizou.

Texto com a colaboração de Juliana Amaral.