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Abertura da exposição “Manifestações Culturais do Brasil” teve sucesso de público

Mais de 800 peças apresentam a cultura imaterial brasileira na Galeria Fidanza, no Museu de Arte Sacra (MAS)
Por Josie Soeiro (SECULT)
05/04/2023 15h29

Foto: Mário Quadros, Ascom Secult

A exposição “Manifestações Culturais do Brasil – A Celebração Viva da Cultura dos Povos”, chegou a Belém na última terça-feira (04). A abertura, na Galeria Fidanza, contou com a apresentação do grupo de carimbó Sancari. Com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult). A mostra é composta por fotos, vídeos, objetos de museus, sons e um rico acervo composto por peças de colecionadores e artesãos. 

São mais de 800 peças expostas com o objetivo de proporcionar experiências interativas com o patrimônio imaterial de todas as regiões do país. “Eu espero que as pessoas venham pra cá, reconheçam a sua cultura presente nesse universo, amplo e diverso que é o patrimônio cultural do Brasil todo", declarou Luiz Prado, idealizador e coordenador da exposição. 

Belém é a primeira cidade do Norte do País a receber a mostra, que apresenta os 52 bens culturais registrados como patrimônio cultural imaterial brasileiro. A Secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal participou da entrega. “Nós queremos que a Amazônia seja o começo das itinerâncias e que bom que vocês estão aqui, neste momento, mostrando que a Amazônia tem papel muito importante no mapa estratégico, da valorização dos nossos fazeres, das nossas manifestações, da nossa riqueza cultural", reiterou, Vidal. 

Dos 52 bens culturais apresentados, 11 são do Norte e destes, quatro exclusivamente paraenses: Círio de Nossa Senhora de Nazaré, Festividades do Glorioso São Sebastião na região do Marajó, Carimbó e Modo de fazer Cuias do Baixo Amazonas.

A entrega, que teve sucesso de público, contou também com a presença de representantes de várias instituições, Desireé Tozi, Diretora Substituta do Departamento de Cooperação e Fomento do Iphan, falou sobre a valorização do patrimônio imaterial. “Por vezes, a nossa cultura imaterial fica esquecida no nosso cotidiano, é muito importante exposições como essa para que a gente relembre que o nosso patrimônio imaterial brasileiro é muito rico, muito diverso. Então, eu espero que essa exposição aqui possa estimular a criatividade do povo paraense, cada um de vocês, ao visitar a exposição, possa se sentir mais inspirado a fazer cultura.”

A mostra propõe uma síntese da cultura imaterial brasileira, apresentada com textos informativos , legendas em português, inglês e espanhol, permitindo maior compreensão sobre a importância desses bens para a cultura brasileira. Além disso, tudo textualmente exposto, é também apresentado em braile. Para viabilizar uma acessibilidade mais abrangente, um intérprete de libras faz o acompanhamento e monitoria da visita a grupos que apresentem esta demanda. Há ainda, objetos com caráter multissensorial, apresentados como elemento facilitador para a manipulação e a experiência concreta, principalmente para pessoas com deficiências sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e com comprometimentos neuromotores.

“Além da gente ver a nossa própria cultura, conseguimos observar a cultura de vários estados, acredito que essa exposição chama muito o público. É interessante, interativo, todo o material que eles estão disponibilizando, tu consegues achar os QR Codes nas paredes, então é bem acessível e fácil de compreender”,  contou a estudante de museologia, Kássia Santos, que visitava a exposição.  

A visitação é gratuita e ficará em Belém até o dia 18 de junho.

Texto: Juliana Amaral (Ascom/Secult)