Em 2023, o Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) completa 122 anos de fundação, e para celebrar o aniversário, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), promove uma agenda de exposições e palestras.
Na próxima segunda-feira (17), tem início a exposição de documentos históricos e visitas guiadas pelos setores do Arquivo Público. Já a mostra “Reflexões em torno da cidadania: Silenciamentos e resistências presentes nos documentos do Arquivo Público” será aberta ao público na terça-feira (18), na Capela do Museu do Estado do Pará (MEP), onde ficará até 30 de abril.
Também no dia 18 ocorrem as palestras “Da justiça de transição à justiça social: Comissões da verdade e contribuições para além da defesa dos direitos humanos”, com a Profa. Dra. Mônica Tenaglia, da Faculdade de Arquivologia da UFPA, de 9h às 10h30. Em seguida, de 10h30 às 12h, o tema “O Trabalho da Comissão Estadual da Verdade e Memória do Pará: Um Breve Histórico”, será abordado em palestra com Franssinete Florenzano, membro da Comissão Estadual da Verdade e Memória do Pará. Ambas os eventos serão realizados no auditório do MEP.
O Arquivo Público do Estado do Pará é considerado uma das principais instituições arquivísticas do Brasil, uma referência, principalmente, no que se refere a uma História Colonial da Amazônia. Abrange um espaço geográfico que engloba boa parte da chamada Amazônia Legal e fronteiras. O acervo também consegue abarcar pesquisas de períodos do Império e da República brasileira.
Além disso, os usos dos documentos históricos não servem apenas às pesquisas. Há uma demanda expressiva de pessoas que precisam dos documentos para anexar em processos administrativos ou jurídicos, como expedição de dupla cidadania, comprovação de tempo de serviço e regularização fundiária.
“São anos de experiência adquirida em uma instituição que preza pela conservação e disponibilização desse imenso acervo documental. Mas nos últimos anos, acrescentamos o trabalho de levar todo esse conhecimento para outros lugares, como escolas, territórios quilombolas, comunidades ribeirinhas, bairros periféricos da Grande Belém, órgãos públicos estaduais e municípios do interior do estado. A ideia sempre foi ampliar esse público atendido pelo Arquivo Público, numa tentativa de democratizar o acesso às informações e aos trabalhos técnicos da instituição”, afirma Leonardo Torii, diretor do APEP.
Texto: Juliana Amaral/Ascom Secult