O Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém, sediou nesta terça-feira (16) a palestra sobre "Desafios da pesquisa/documentação para o inventário do acervo de arte da Cojan/CNPq", dentro da programação da 21ª Semana Nacional dos Museus. Houve a abordagem do Projeto "Pesquisa e documentação museológica do acervo de Artes Visuais do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém do Pará", com a participação das museólogas Rosângela Brito e Silvia Pantoja, e do pesquisador e professor de Artes Mariano Klautau. A mediação foi feita por Dayseane Ferraz, diretora do MEP e coordenadora adjunta de pesquisa do projeto.
Dayseane Ferraz (à esq.), Silvia Pantoja, Rosângela Brito e Mariano Klautau iniciaram a programação da 21ª Semana dos Museus
A programação ofereceu conhecimento sobre a implementação de revisão técnica executada em obras, por meio da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade da Amazônia (Unama) e Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), por meio do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), que inclui a Casa das Onze janelas (Cojan) e o MEP. O trabalho, patrocinado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), desenvolve a sistematização do inventário, revisão e pesquisa das obras e dos artistas que compõem o acervo.
O projeto visa produzir conhecimento público sobre as obras do acervo da Cojan. De acordo com Dayseane Ferraz, mediadora da palestra, é um trabalho meticuloso de atualização do acervo de artes contemporâneas do Museu, que inclui mais de 19 coleções. "Hoje foi divulgado na mesa-redonda uma experiência de tratamento (das peças do museu). Os palestrantes falaram do trabalho, cada um dentro da sua linha de conhecimento", informou a mediadora.
Coordenadora do projeto, Rosângela Brito, museóloga e pesquisadora da UFPA, apresentou ao público o objetivo geral do estudo e a construção coletiva com instituições de educação e cultura. "A importância de trazermos as etapas e o desenvolvimento da pesquisa é grande, porque queremos tornar público como estamos construindo a metodologia para realizar a atualização do acervo das peças", explicou.
Sala do Museu do Estado do Pará, instalado no Palácio Lauro Sodré
Inventário - Utilizado como ferramenta de documentação museológica, o inventário foi o tema apresentado pela museóloga Silvia Pantoja, que descreveu o trabalho de recolhimento das informações básicas das obras e a totalização para a salvaguarda. "Esse inventário vai fomentar as atividades para possibilitar a preservação das obras. Esse processo de ações museais envolve documentação, conservação, comunicação e educação, como a publicação e pesquisa", acrescentou Silvia Pantoja.
O projeto é composto, também, pela pesquisa de catalogação dos artistas e obras, que feita por Mariano Klautau. De acordo com o palestrante, esse campo consiste em pesquisar o perfil do artista, verificando o tipo de obra desenvolvida, suas características, estilos e linguagens. Esse trabalho é ampliado com o conjunto de documentos do inventário.
Para o pesquisador, o projeto contribui para as pessoas ampliarem o entendimento sobre obras, expressões artísticas e relações estéticas e históricas. "Esse tipo de conhecimento é fundamental para que o público conheça realmente o que os acervos possuem e tenha acesso a esse tipo de acervo, em especial o público pesquisador", disse Mariano Klautau.
Texto: Quezia Dias - Ascom/Secult