Com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o Festival Amazônia Mapping, que celebra uma década de atividades, acontecerá nos dias 5 e 6 de agosto. Este evento é pioneiro e um dos maiores no cenário brasileiro de arte e tecnologia, e será realizado no Museu do Estado do Pará (MEP), que desde 1994 funciona no emblemático Palácio Lauro Sodré, no Complexo Feliz Lusitânia, com programação gratuita.
“É um festival que propõe a união de várias linguagens e narrativas, proporcionando um diálogo entre essas expressões diversas, por meio de shows, performances artísticas e projeções mapeadas nos muros do nosso museu. Além disso, proporciona formação para produtos locais, e permite que coloquemos a Amazônia no centro do debate sobre preservação de bioma e nossa diversidade cultural. Estamos muitos felizes e animados pra receber um evento deste porte”, afirma Tamyris Monteiro, diretora do MEP.
Unindo poder cultural e inovação, o festival, que se destaca por suas projeções mapeadas em grande escala, propõe uma diversidade de conteúdos ao público. O objetivo é promover e difundir obras artísticas que interligam as artes visuais, a tecnologia e sua interação com o espaço urbano, tendo a Amazônia como protagonista principal.
O festival pretende ressignificar a paisagem urbana, trazendo arte para locais insuspeitos e estabelecendo diálogos com o ambiente e as narrativas locais. A programação inclui espetáculos inéditos, performances artísticas, projeções mapeadas de artistas nacionais e internacionais em locais emblemáticos, além de workshops formativos que fomentam a criatividade de artistas e profissionais da área.
O Festival Amazônia Mapping busca reconhecer a cultura amazônica como um elemento de fomento ao debate sobre a importância da preservação do bioma e o respeito à diversidade cultural da região. Isso é particularmente relevante à medida que Belém se prepara para sediar a COP 30, o mais relevante evento internacional sobre clima, que ocorrerá em novembro de 2025.
Programação - Sob a curadoria de Roberta Carvalho, artista visual, diretora artística e fundadora do Festival Amazônia Mapping, as exibições de video mapping ocorrerão do lado de fora do museu. Contará com obras de Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista; da maranhense Ge Viana, do duo paulista VJ Suave em colaboração com Glicéria Tupinambá; dos paraenses Nay Jinknss, Matheus Almeida, Moara Tupinambá, Astigma VJ, Evna Moura.
Além disso, o interior do museu receberá sets de DJs convidados e projeções de desenhos feitos ao vivo (live painting digital) por artistas visuais locais. Essa ação é o fruto de uma oficina de Tagtool ministrada pelo artista Ygor Marotta, do duo VJ Suave.
Além das projeções mapeadas, shows inéditos também ocorrerão em ambas as noites, em diálogo com os artistas convidados. A proposta é apresentar uma Amazônia que rompe estereótipos, sendo floresta e cidade, urbana, periférica, tecnológica e ancestral ao mesmo tempo.
Trajetória - Ao longo de seus 10 anos de existência, o Festival Amazônia Mapping tem fomentado encontros inéditos entre arte e público, recebendo cerca de 200 artistas e atraindo um público de mais de 50 mil pessoas. Em 2020, realizou uma edição 100% online e ganhou a categoria "Inovação: Música e Tecnologia", um prêmio importante da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM SP), a maior feira do mercado de música da América Latina.
Depois de Belém, o festival seguirá para Alter do Chão em 30 de setembro, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde.
Com a realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, idealização e produção da 11:11 ARTE, o projeto conta com o patrocínio da Heineken e do Instituto Cultural Vale, através da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet), da Oi, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Semear) via Governo do Pará, por meio da Fundação Cultural do Pará, e com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura.
Com informações da Agência Lema.