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Secult lança livro sobre a história do Palacete Faciola e da obra realizada pelo Estado

O lançamento do sexto volume da Série pela Secult, com participação da UFPA, integra a programação do Preamar do Patrimônio
Por Juliana Amaral (ASCOM)
06/11/2023 22h12

Palacete Faciola: compromisso do governo do Estado com a preservação do patrimônio arquitetônico de Belém

Entre as atividades do Preamar do Patrimônio desta segunda-feira (6), a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) lançou o sexto volume da Série Restauro, dedicado ao Palacete Faciola, que há pouco mais de um ano foi integralmente restaurado, requalificado e entregue pelo governo do Estado. A apresentação da obra ocorreu no próprio Palacete Faciola, as 19 h, junto com a nomeação da biblioteca do Departamento Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), abrigado no prédio, que ganha a denominação d Biblioteca Renato Gimenes, em homenagem ao servidor do Departamento falecido recentemente.

Com mais de 300 páginas, o livro foi baseado nas pesquisas feitas durante o processo de restauro, em vestígios materiais encontrados durante a reestruturação, além de dados fornecidos pelos autores do texto. A coordenação e a organização são da professora Jussara Derenji, que também contribui com os textos do livro, junto com Karina Moriya, Luciano Migliaccio, Renata Martins e Haroldo Baleixe. A pesquisa documental teve contribuição também do Laboratório Virtual da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Professora Jussara Derenji autografou o livro“Esse trabalho foi muito gratificante. Nós recuperamos uma grande trajetória de um prédio do qual nós pensávamos que tinha muita informação, mas na verdade não tínhamos nem metade das informações que acabaram surgindo. A obra foi muito detalhada, muito bem executada. A parte do restauro ocupa metade do livro, o que é justo. Esse registro é importantíssimo para a memória, para os futuros restauros, para manutenção do prédio. E a parte histórica é de uma riqueza enorme pelo que foi descoberto no decorrer do trabalho”, informou Jussara Derenji.

“Para mim, o livro é mais uma obra que está sendo entregue, mas é uma obra literária mostrando todo o trabalho que nós tivemos, não só de restauro, mas também com relação à idealização do projeto e execução. É bom lembrar que esse projeto não surgiu do dia pra noite. Foi feito por muitas mãos e cabeças, passou por várias mudanças, inclusive ao longo da execução do livro, em que a gente acabou descobrindo outras histórias e fez algumas mudanças. É bem interessante para o leitor entender não só o projeto arquitetônico, como também a história do Palacete, dos seus moradores, e como ela tem referência na nossa cultura local”, ressaltou Karina Moriya.

Secretário adjunto Bruno Chagas (à dir.) durante o lançamento do livro da Série Restauro

Riqueza arquitetônica – Resultado de um investimento de R$ 24 milhões, o Centro Cultural Palacete Faciola completou 16 meses de funcionamento, após as obras de restauro. Neste período, já recebeu cerca de 40 mil visitantes, com uma média de 2,4 mil pessoas por mês. 

Em suas instalações já foram realizados mais de 100 eventos, entre simpósios, mostras de cinema, fóruns, circuitos e festivais.

O Palacete tem uma localização privilegiada – Avenida Nazaré com a Travessa Dr. Moraes, aKarina Moriya: ″referência na cultura local″ poucos metros da Praça da República -, e conta uma história que passa por cenários de muitas transformações urbanísticas e rica arquitetura na capital paraense, nos estilos Art Noveau e Neoclássico.

“O Centro Cultural Palacete Faciola, um patrimônio que foi entregue há um ano, depois de mais de 30 anos de abandono, foi um dos primeiros compromissos do governador Helder Barbalho com o patrimônio, com o resgate histórico da cidade de Belém. O Faciola é o exemplo, digamos assim, da maior obra que de fato reflete esse compromisso do Governo. E o livro traz justamente isso. Tudo aquilo que foi feito, desenvolvido durante o restauro do Palacete. Mas não somente isso. Conta um pouco da história deste imóvel, do contexto arquitetônico, por ser uma obra que faz referência a este período glamouroso da cidade de Belém, da herança europeia, mas acima de tudo da identidade da nossa arquitetura da Amazônia”, afirmou o secretário adjunto de Estado de Cultura, Bruno Chagas.