Na noite desta segunda-feira (11), teve início a mostra ‘A Cinemateca é Brasileira’, no Museu da Imagem e do Som (MIS). O filme Bacurau, de 2019, foi o escolhido para abrir a programação no auditório Eneida de Moraes. Além da exibição, a abertura também contou com a breve participação de Ana Carolina Alves, representando o Instituto Cultural Vale, de Marco Antônio Moreira, curador da mostra e de Indaiá Freire, diretora do MIS.
Foram selecionados 19 filmes com temáticas diversas, que apresentam diferentes propostas estéticas e momentos históricos. Ao todo, a mostra passará por 16 cidades, e na capital paraense é apoiada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
“Eu fui nesse caminho de escolher um filme ou dois de cada período do cinema brasileiro, tem filme dos anos 50, 60, 70, 80 e alguns mais recentes, que grande parte do público já ouviu falar. O objetivo é dar essa ideia para o espectador, de como era o cinema brasileiro naquele período. Tem muitos filmes brasileiros que as pessoas não têm conhecimento, não tem acesso. O cinema brasileiro não tem espaço no cinema, no streaming, nem na televisão aberta, então como as gerações mais novas vão assistir essas obras? E a gente precisa conhecer e valorizar o cinema nacional", afirma o curador da mostra, Marco Antônio Moreira.
“A mostra está percorrendo o país todo, e acho que é muito legal a gente ver todo trabalho da cinemateca, esse resgate da produção audiovisual, que conta muito da nossa identidade, do nosso povo. A cinemateca é fundamental para essa preservação e guarda do audiovisual. Por isso, o Instituto Cultural Vale é patrocinador dessa itinerância com muito orgulho", conta Ana Carolina Alves. O Instituto Cultural Vale é patrocinador estratégico da Cinemateca, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O patrocínio faz parte do projeto Viva Cinemateca, que visa ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira.
Antes da exibição do longa metragem, também foram apresentadas mensagens de apoiadores da mostra. Assim como, do diretor de Bacurau, Kleber Mendonça Filho, que mandou um recado especial para o público de Belém, desejando uma boa sessão a todos.
“A mostra está bem diversificada, bem eclética, nós temos um recorte de alguns filmes que foram marcos importantes dentro da cinematografia brasileira. Eu convido todo mundo para participar, para vir assistir. A entrada é gratuita, e é uma oportunidade única de ver alguns filmes que são super difíceis da gente encontrar", diz Indaiá Freire, diretora do MIS.
Junto à exibição de filmes, também ocorre uma exposição que conta os 70 anos de história da Cinemateca Brasileira, e proporciona uma imersão na trajetória da instituição. Além disso, no dia 13, às 19h, haverá uma conversa sobre restauro com Rodrigo Mercês, Gerente do Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira.
A mostra vai até o dia 21 de março, de forma gratuita.
Confira a programação completa.
12/03 - São Paulo, a sinfonia da metrópole, às 17h30
Jeca Tatu, às 19h30
13/03 - Roda de Conversa com Rodrigo Mercês, Gerente do Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira, às 19h, em seguida, o curta "Ilha das Flores". Cabra Marcado Para Morrer, às 19h30.
14/03 - Cinco Vezes Favela, às 17h30
Cidade De Deus, às 19h30
15/03 - A Hora da Estrela, às 17h30
Marte Um, às 19h30
16/03 - Carnaval Atlântida, às 17h30
O Cangaceiro, às 19h30
17/03 - O Bandido da Luz Vermelha, às 17h30
À Meia Noite Levarei sua Alma, às 19H30
18/03 - Macunaíma, às 17h30
Deus e o Diabo na Terra do Sol, às 19h30
19/03 - O Pagador de Promessas, às 17h30
Dona Flor e seus dois maridos, às 19h30
20/03 - Central do Brasil, às 19h30.
21/03 - Limite, às 19h, com acompanhamento musical de Paulo José Campos de Melo