Nesta segunda-feira, 13, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), através do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), promoveu a mesa-redonda "Diálogos com o Patrimônio: Cultura Alimentar e Patrimônio Cultural – saberes e fazeres ancestrais da Amazônia". A atividade integra o programa de Educação Patrimonial e ocorreu no auditório Eneida de Moraes, no Centro Cultural Palacete Faciola.
O evento contou com a participação de especialistas no tema, a professora doutora Lígia Simonian, da Universidade Federal do Pará (UFPA), o professor mestre Kenny Nogueira, da Universidade da Amazônia (Unama) e das Usinas da Paz, e a mestra Auda Piani, diretora do espaço cultural ‘Na Casa das Artes’, no distrito de Icoaraci. A mesa teve a mediação de Cristina Senna.
Focado na rica cultura alimentar do Pará e da Amazônia, o evento promoveu um espaço de discussão sobre a importância da preservação dos saberes e sabores ancestrais da região.
"Foi um tema interessante que a gente escolheu justamente por causa dessa questão de Belém ser uma cidade da gastronomia criativa. Por ser um gestor de patrimônio, o DPHAC se preocupa com a continuidade da transmissão desses saberes e fazeres ancestrais que foram tratados aqui, do patrimônio imaterial", conta a técnica em gestão cultural do DPHAC, Ângela Leão.
"As relações de compartilhar, de trocar receitas, experiências, é isso que faz a nossa alimentação ser algo social e é isso que a gente deve valorizar", reforça o professor Kenny Nogueira. "A historicidade gastronômica explica e é explicada pelas manifestações culturais e sociais, como espelho de uma época, sendo assim, uma comunidade pode manifestar suas emoções, sistema de pertinências, significados, relações sociais e sua identidade coletiva", conclui o professor.
O evento também abordou questões como sustentabilidade, impactos da crise climática na produção de alimentos, a realidade das comunidades indígenas e a necessidade de conservação da floresta Amazônica.
Outro tópico abordado durante a programação foi o conceito de cozinha sustentável, cujo objetivo é reduzir o desperdício e a produção de resíduos, gerando economia doméstica e contribuindo para a mitigação dos problemas ambientais.