Na manhã desta quarta-feira (29), a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém, foi palco da terceira edição do projeto Sons de Acolhimento. Um sexteto de instrumentistas da Amazônia Jazz Band (AJB) se apresentou para pacientes, colaboradores e servidores no Auditório Dr. Ronaldo de Araújo. Esta iniciativa é promovida pelo Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM).
Além de proporcionar momentos de leveza e esperança, o projeto Sons de Acolhimento busca ampliar o acesso à cultura e fortalecer a inclusão social, levando apresentações musicais a locais onde são mais necessárias. Reconhece-se também os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde na rotina hospitalar, buscando acolhê-los através da música.
Diandro Aquino dos Santos, de 33 anos, natural de Santarém, também compartilhou suas impressões. "Foi uma experiência divertida e relaxante. Hoje conseguimos nos distrair do ambiente de hospital sempre tão tenso. Eu não conhecia a Amazônia Jazz Band, foi a primeira vez e gostei bastante", afirmou.
A música é reconhecida há muito tempo como uma poderosa forma de terapia, capaz de curar tanto o corpo quanto a alma. Seja em momentos de alegria ou de tristeza, a música tem o poder de nos conectar com nossas emoções mais profundas e proporcionar alívio em momentos difíceis. Estudos científicos comprovam que a música pode reduzir o estresse, a ansiedade e a pressão arterial, promovendo relaxamento e bem-estar, além de estimular a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer.
Amanda Pires, terapeuta ocupacional da clínica psiquiátrica, enfatizou a importância desse momento para os pacientes. "A música é um grande estímulo para várias formas de expressão do nosso corpo e memória. Ela ativa lembranças significativas, componentes cognitivos e habilidades sociais. Hoje foi um espaço muito importante e significativo para nossos pacientes, proporcionando uma vivência diferente e um ambiente acolhedor que potencializa o processo criativo”, explicou.
O maestro Elias Coutinho, líder da Amazônia Jazz Band, reforçou o impacto transformador da música. "Música é terapia, é cultura. Trazer música para o hospital nos permite ver seu efeito curativo, proporcionando felicidade e reflexão. A música deve estar em todos os lugares, nas comunidades e nos hospitais. Temos a certeza de que estamos cumprindo nossa missão", finalizou.
O projeto Sons de Acolhimento continuará ocorrendo mensalmente em hospitais públicos do Estado, conforme o calendário da saúde e a agenda dos músicos dos corpos artísticos do Theatro da Paz.