O município de Marapanim recebeu nesta sexta-feira, 7, o projeto "Conectando Arquivos", promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), por meio do Arquivo Público do Estado do Pará (Apep). A programação que foi de graça, iniciou com as exposições "123 anos de Arquivo Público do Pará" e "Marapanim nos documentos do Arquivo Público", no Paço Municipal.
As exibições tiveram sucesso de público e contou com a presença de professores e alunos de diversas escolas. A mostra "123 anos de Arquivo Público do Pará", levou réplicas de documentos marcantes do acervo de mais de 4 milhões de documentos do Apep.
"São documentos sobre a correspondência das autoridades locais aqui de Marapanim, com autoridades do Governo do Estado, desde o período colonial até o período republicano. E falam sobre muita coisa. Temos documentos sobre a Cabanagem, sobre Carta de Sesmaria, sobre questões de limite com Curuçá e Castanhal. A ideia da exposição é fazer com que a população entenda a história local, contada através dos documentos. Valorizar a memória, a história e também o trabalho desenvolvido pelo arquivo público na preservação dessa documentação", conta o diretor do Apep, Leonardo Torii, sobre a segunda exposição.
O Plenário da Câmara Municipal, Palácio Nagib de Oliveira Mamede, recepcionou as três palestras que compuseram esta edição do projeto. “Arquivos, documentos e memórias: usos e tratamento técnico de acervos documentais”, foi o tema da primeira palestra do dia, conduzida por Leonardo Torii.
Pela tarde, o professor Célio Velasco ministrou a palestra “De capela à cidade: o processo de ocupação, fundação e evolução urbana de Marapanim (1862-1895)”. Logo em seguida, o professor Thiago Barros encerrou as atividades do dia com a discussão sobre “Degolas eleitorais e as fontes históricas do Arquivo Público do Pará: o processo eleitoral em Marapanim através das atas do Senado Estadual (1897 – 1900)”.
“É uma alegria imensurável receber os servidores do Arquivo Público do Estado em Marapanim, que é uma cidade com uma representatividade cultural e histórica gigantesca. Hoje a gente contou com a participação massiva de estudantes das escolas municipais, estaduais que estiveram conosco folheando os documentos, e levantando dúvidas, curiosidades. Algumas das minhas turmas estiveram aqui, inclusive cobrei um trabalho, e espero que isso possa gerar frutos no aprendizado deles, mas também como agentes, sujeitos históricos, que habitam a cidade.” Afirma o professor Célio Velasco.
“Foi um evento grandioso pra gente, uma experiência que podemos explanar para os quatro cantos da cidade, e esperar que isso possa ser reproduzido outras vezes. Então, agradeço a Secult pela iniciativa e pela parceria”, conclui Velasco.