Casa das Onze Janelas, no centro histórico de Belém, recebe a 41ª edição do Arte Pará
O 41º Projeto Arte Pará será aberto nesta quinta-feira (3), no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, a partir de 19h. A edição 2024, que conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), vai ser apresentada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Rouanet, um dos apoiadores mais duradouros da mostra. A realização é da Fundação Romulo Maiorana (FRM).
O Arte Pará traz para a edição 2024 o tema "Um Norte [transcursos – caminhos]" com curadoria da artista visual Nina Matos e participação de mais de 20 artistas paraenses convidados: Bárbara Savannah, Dias Júnior, Dumas Seixas, Éder Oliveira, Elza Lima, EvNa, GC, Guy Veloso, Igor Oliveira, Keyla Sobral, Lúcia Gomes, Marcone Moreira, Margalho Açu, Maria José Batista, Melissa Barbery, Nay Jinknss, Nio Dias, Paulo Santos, Rafael Matheus Moreira e Roberta Carvalho.
Em caráter especial, o evento mostrará obras do artista indígena Feliciano Lana Desana e de Emanuel Franco, além de apresentar o recorte “Luiz Braga – o percurso do Olhar”, homenageando o artista da fotografia, que em 2025 completará 50 anos de carreira. Uma trajetória permeada pela longa história do Arte Pará, que inclui obras da Coleção Luiz Braga, pertencentes ao acervo da Casa das Onze Janelas.
Ao longo de quatro décadas, o Arte Pará se consolidou no cenário de eventos artísticos do País
Temática - "Um Norte [transcursos – caminhos]" evidencia artistas amazônicos, cujos trabalhos emergem do próprio tecido social da região, de caminhos que surgiram na contemporaneidade, em obras de artistas de longa trajetória e também de produção mais recente. Serão 23 artistas, cujas produções envolvem diversos meios de expressão, totalizando 109 obras.
“O Arte Pará 2024 dá ênfase a obras sensíveis, a questões coletivas atuais e perenes, que acionarão relações e ampliarão perspectivas de reflexão relacionadas com as visualidades amazônicas, estética, poética, lirismo, mítica, ancestralidade, natureza, imaginário de nossas vivências ribeirinhas, afetos, questões de gênero, políticas, desafios, violências, tanto obras atuais como emblemáticas, que estabelecem ativações, afinidades conceituais, e constroem articulações ampliando a percepção de nós mesmos como amazônidas, em um diálogo com o mundo”, ressalta a curadora Nina Matos.
Visibilidade - Com mais de 40 anos de tradição, fruto de um trabalho sistemático da Fundação Rômulo Maiorana, tanto em formato competitivo quanto em realizações de caráter especial, o evento sempre deu visibilidade e fomentou produções artísticas, ao mesmo tempo provocando diálogos e discussões relevantes sobre a cena artística nacional. “Que venha o Arte Pará 2024 com muita força, humanidade, valorização e respeito à diversidade de uma produção nortista de grande referência nacional”, reforça a curadora.
O projeto educativo do Arte Pará vai ser desenvolvido pelo artista Emanuel Franco, com a participação de mediadores que já possuem uma trajetória nas artes visuais. “O Arte Pará já tem uma tradição e permanece no panorama paraense de arte”, destaca Emanuel Franco.
Diálogo - O Arte Pará foi idealizado pelo jornalista Romulo Maiorana (1922-1986), no início dos anos 1980, para criar um espaço de apoio ao artista paraense e um diálogo da região Norte com o restante do País. Em um momento da história em que a Amazônia não gerava expectativas em âmbito global, Romulo Maiorana despertou a sensibilidade do público por meio da função social da arte, a partir de um espaço de encontro e estímulo aos artistas.
O Arte Pará estabelece a presença da Amazônia no mapa das artes como um Salão. Ao longo das edições ininterruptas, tornou-se um projeto de arte e educação nacional, e lugar de troca intelectual entre artistas, curadores e agentes culturais, além de espaço de reflexão e crítica que atrai jovens artistas.
Serviço: Arte Pará. Abertura: dia 3 de outubro (quinta-feira), às 19h. Aberto à visitação até 29 de dezembro de 2024, na Casa das Onze Janelas.
Texto: Ascom/Secult (com informações da organização do Arte Pará)
