Grupo Sancari é um dos participarão da programação na cidade cariocaMestres de cultura de oito municípios paraenses desembarcam no Rio de Janeiro, na próxima quinta-feira (25), para a abertura da exposição "Pau, corda, cores e (re)invenções: instrumentos e artesanatos do Carimbó" – no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (CNFCP/Iphan) -, que também contará com a presença da secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal. Além de participarem da cerimônia de abertura, os paraenses se apresentarão em frente ao anexo do Museu de Folclore Edison Carneiro, na sexta-feira (26), às 16h.
A participação dos mestres é uma realização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Quem for prestigiar a exposição poderá ver de perto banjos, curimbós, flautas, maracas, milheiros, reco-reco, além de saias e adereços que englobam a produção do considerado carimbó tradicional, e também ouvir o som e as vivências daqueles que mantêm viva esta tradição secular, considerada Patrimônio Cultural do Brasil desde 2014.
"Esse é um evento muito importante, porque vai conseguir mostrar um bem cultural do nosso Estado com a participação de mestres de diferentes regiões e saberes", revela Lucas, 60, que toca, canta e faz instrumentos de carimbó há mais de três décadas e um dos 11 mestres que participam da programação na cidade carioca.
Mestra Meiry, de Soure, na Ilha de Marajó, irá mostrar as indumentárias típicas do carimbóA representatividade feminina do carimbó também está garantida no evento. A mestra Meiry – moradora do município de Soure, localizado na Ilha de Marajó – irá mostrar as indumentárias típicas da tradição. "Fazemos parte dessa cultura tanto quantos homens. Eu costuro há muito tempo, mas também tem mulheres que dançam, cantam, tocam... Isso pra gente é comum", afirma.
A mostra, organizada a partir de uma vasta documentação reunida pela equipe do CNFCP e da superintendência, traz referências sobre esta prática tradicional da cultura popular que envolve múltiplas linguagens, como a dança, o canto, o ritmo, a culinária e a produção artesanal. A indicação dos nomes dos artesãos que irão compor a atividade foi de responsabilidade do Comitê da Salvaguarda do Carimbó. São eles: Dona Meiry (Soure), Lucas (Belém), Manoel Alexandre e Acidenor (Ananindeua), Raimundo e Waldinei (Icoaraci), José Maria (Santa Bárbara), Marinho e Reginaldo (Marapanim), Agnaldo (Salvaterra), e Adan (Santarém).
A exposição ficará aberta à visitação gratuita até o dia 8 de setembro, na Sala do Artista Popular (SAP).
Sala do Artista Popular (SAP)
A SAP foi criada em 1983 com o intuito de ser um espaço para difundir a arte popular, trazendo objetos que, por seu simbolismo, tecnologia de confecção ou matéria-prima empregada, revelam o modo de vida das camadas populares. Os artistas expõem seus trabalhos, estipulando livremente o preço e explicando as técnicas envolvidas na confecção. O valor obtido com as vendas vai integralmente para eles.
O catálogo de cada exposição é desenvolvido a partir de pesquisa etnográfica e documentação fotográfica realizada pela equipe do CNFCP. Assim, é possível conhecer as relações entre a produção artesanal e o contexto de vida dos artesãos. Desde sua criação já foram realizadas 198 exposições.
Serviço:
Exposição Pau, corda, cores e (re)invenções: instrumentos e artesanatos do Carimbó
Inauguração: quinta-feira (25), às 17h
Período: 25 de julho a 8 de setembro de 2019
Dias e horários:
Terça a sexta-feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15 às 18h
Local: Sala do Artista Popular / CNFCP
Apresentação de Coletivo de Mestres de Carimbó
Dia e horário: sexta-feira (26), às 16h
Local: em frente ao anexo do Museu de Folclore Edison Carneiro
Endereço: Rua do Catete, 179, Catete - Rio de Janeiro (RJ)