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Secult e TRE realizam a mostra “Círio: achado, trajetória e devoção”

Por Úrsula Pereira (SECULT)
01/10/2019 13h50

A mostra “Círio: achado, trajetória e devoção” tem como referencial o encontro da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, às margens Igarapé Murutucu, pelo caboclo Plácido.Pela primeira vez, o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), realiza uma exposição no período da maior festa dos paraenses, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. A mostra “Círio: achado, trajetória e devoção” tem como referencial um fato histórico do Círio: o encontro da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, às margens Igarapé Murutucu, pelo caboclo Plácido. Esse fato deu origem ao Círio de Nazaré e à devoção dos paraenses à imagem da Virgem Maria.

A exposição tem a curadoria do artista plástico Emanuel Franco, diretor do Museu de Arte Sacra (MAS), que montou com objetos do acervo do Museu do Círio. A instalação conta com 10 barcos, 10 casas e uma réplica da Basílica de Nazaré, todas produzidas em miriti. “Essa exposição rememora o ‘achado’ e a narrativa visual do cortejo do Círio e de seus componentes simbólicos, como o carro dos milagres, romeiros, promesseiros, ex-votos, cordas, brinquedos de miriti, Basílica, entre outros”, pontua Emanuel Franco.

O TRE realiza atividades culturais na época do Círio desde 2015 e, de acordo com Carla Ferreira, membro gestor do Centro Cultural do Tribunal, a experiência de trabalhar com o artista plástico Emanuel Franco está sendo muito gratificante. “Nós já conhecíamos o trabalho do Emanuel. Estamos muito satisfeitos com o resultado que une os acervos do Museu do Círio e as ações dos servidores do TRE que participaram de uma oficina de pintura em brinquedos de miriti, vindos do município de Abaetetuba”, detalhou.

A instalação conta com 10 barcos, 10 casas e uma réplica da Basílica de Nazaré, todas produzidas em miriti.História – A devoção à Virgem de Nazaré em Belém começou após o caboclo Plácido ter encontrado uma pequena imagem de Nossa Senhora às margens do Igarapé Murutucu (que corria pela atual travessa 14 de Março), onde hoje ficam os fundos da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.

De acordo com a lenda, Plácido levou a imagem para sua casa, mas não a encontrou no dia seguinte. Ela foi localizada posteriormente no igarapé onde estava originalmente. Plácido tentou levar a imagem outras vezes, mas ela sempre desaparecia e retornava ao igarapé. A imagem foi levada para a Capela do Palácio do Governo da Província – onde ficou guardada por escolta – mesmo assim, de manhã não estava lá.

Entendendo que era o desejo da Virgem permanecer no igarapé, a comunidade católica de Belém construiu uma ermida no local onde a imagem esteve localizada, o que deu início à romaria e à devoção do povo da capital unindo ao tradicional culto à Nossa Senhora no município de Vigia, no nordeste do Estado.

Serviço: A mostra “Círio: achado, trajetória e devoção” é uma realização do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e será realizada de 3 a 25 de outubro, sempre das 8h às 15h, no Centro Cultural do TER (rua João Diogo, 252 – Campina). A abertura será na próxima quinta-feira (3), às 10h. A entrada é franca.