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Arquivo Público realiza palestra em alusão ao mês da consciência negra

Por Gabriel Marques (SECULT)
23/11/2019 18h56

A história do povo negro em Belém foi o tema central da palestra “O Negro em Belém: Escravidão, Mestiçagem e Demografia”, realizada pelo Arquivo Público do Estado, na manhã deste sábado (23), na sede histórica do órgão. A programação ocorreu em alusão ao mês da consciência negra, e é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Ministrada pela profª Dra. Bárbara Fonseca, da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), a palestra tocou em temáticas históricas importantes na trajetória do povo negro na região amazônica, uma fatia importante da luta do povo negro no Brasil. De acordo com a pesquisadora, essa troca de conhecimento é  fundamental para reverter um quadro de apagamento histórico na região amazônica.

“Minha fala, hoje, reforça o fato de que  Belém, desde meados do século 18, é uma cidade com população negra, e muitas vezes a gente sofre esse apagamento na nossa história. Muitas vezes a Amazônia, especificamente Belém, não é vista como um lugar de formação da cultura e da história dos negros”, explica.

Um dos pontos importantes do evento, foi mostrar o contexto no qual os negros da época estavam inseridos, destacando a Belém do século XIX, com mais de 50% da população negra, como aponta Leonardo Torii, diretor do Arquivo Público. “O objetivo desta palestra, não é levar a imagem do negro mercadoria, e sim ressaltar a grande importância da população negra para a região Amazônia, principalmente para a cidade de Belem. Então através das pesquisas, podemos ver em números a quantidade dessa população na cidade. Mostrando sua  importância e influência”, ressalta.

Para a estudante de Letras Carla Paiva, participante  do evento, é muito importante ter um contato com a história para contribuir com a formação da sociedade atual. “Eu sempre gosto de ler sobre o tema porque é a nossa história. É importante conhecer o nosso passado para não cometermos os mesmos erros e fazer isso de forma educativa e com diálogo é algo fundamental pra que a gente conheça nossa história”, conta.