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Comenda Eneida de Moraes celebra personalidades das Artes, Ciências e Cultura Paraense

O reconhecimento surgiu como uma homenagem aos fazedores de cultura do estado, que, de alguma maneira, perpetuam o legado deixado pela pensadora.
Por Painah Silva (ASCOM)
08/11/2024 21h30

Com o intuito de reconhecer o trabalho de Mestres e Mestras nas Artes, Ciências e Cultura Parense, nesta sexta-feira (8), aconteceu a entrega da Comenda Eneida de Moraes, promovida pela Secretaria de Estado e Cultura do Pará (Secult), no Salão Transversal do Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém. 

A solenidade, que começou por volta das 18h, contou com a presença da secretária de Estado e Cultura, Ursula Vidal, o público e os homenageados. Neste ano, apenas mulheres foram homenageadas, dentre elas: Dona Iolanda do Pilão, mestra do Samba de Cacete de Cametá; Mãe Eloisa, líder do Terreiro de Mina Dois Irmãos, o mais antigo em funcionamento do Pará; historiadora e arqueóloga Edith Pereira, pesquisadora com experiência em áreas como a pré-história da Amazônia; Anaíza Vergolino, pesquisadora das religiões afro-brasileiras no Pará e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Pará; historiadora, educadora artística e pesquisadora da área de Museologia, Rosa Arraes, e Deia Palheta, cantora e compositora do grupo Iaçá de cultura popular. 

Na segunda edição da homenagem, o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC) definiu seis categorias para serem premiadas, entre elas: Mestres e Mestras da Cultura; Povo de Terreiro; Gestão do Patrimônio Cultural/Politicas Públicas; Técnico-Científico; Projeto/Roteiro Patrimonial e Produtores Culturais/Artista Popular. 

As homenageadas foram todas mulheres e isso, como afirmou a secretária Ursula Vidal, é uma forma de resistência feminina. “Nós, hoje, temos alegria de ter neste ano seis mulheres. Mulheres homenageadas. É uma valorização da pesquisa, da ciência, do estudo acadêmico, das publicações, da democratização do acesso a toda essa produção científica acadêmica e da coragem, da valentia dessas mulheres que não deixam as tradições perecerem por conta dessa dedicação tão amorosa às práticas da cultura popular”, disse.

“Eu sou grata à Secult por essa homenagem. Agradeço a todas as pessoas que tornaram isso possível para mim”, disse Rosa Arraes, historiadora, educadora artística e pesquisadora da área de Museologia. 

Uma das fundadoras do grupo Iaçá, Deia Palheta, descreveu o evento com gratidão. “A gente fica meio sem palavras, porque a memória de Eneida de Moraes é muito forte para nós, de resistência, de uma mulher muito à frente da sua época. Essa homenagem vem para acalentar um pouco a gente”, disse a musicista. 

Eneida de Villas Boas Costa de Moares foi uma paraense, jornalista, escritora, militante política, feminista, carnavalesca e pesquisadora. A comenda surgiu como uma homenagem aos fazedores de cultura do estado, que, de alguma maneira, perpetuam o legado deixado pela pensadora.