A estreia da nova programação da Estação Cultural de Icoaraci (distrito de Belém) movimentou a chamada “Vila Sorriso” na noite desta sexta-feira (18). O espaço cultural gerido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), ofereceu a exposição "Bfam, 30 anos dançando tradições amazônicas", aberta com uma breve apresentação do espetáculo "Dançares Amazônicos".
Moradora de Icoaraci, Nina Portal passava com a mãe pelo local no momento do espetáculo e não resistiu: parou para assistir à apresentação. "Vimos o movimento, então resolvemos entrar e foi uma boa surpresa encontrar o Balé Folclórico. Adoro os ritmos de carimbó e danças amazônicas, e também é bom ver a Estação movimentada e valorizando a cultura daqui mesmo", disse Nina Portal.O espetáculo ″Dançares Amazônicos″ abriu a programação no segundo mês de funcionamento da Estação Cultural
Com um grupo reduzido de integrantes, visando obedecer às medidas de prevenção à Covid-19, o espetáculo mostrou parte dos melhores números do Balé Folclórico da Amazônia, que completou 30 anos de criação no último dia 8 de setembro. A exposição sobre o grupo fica aberta até 30 de setembro.
Na plateia, o educador físico e ex-integrante do Balé Folclórico, Rafael Feitosa, disse que a nova programação da Estação promove um reencontro com as memórias locais. "A gente sai do Balé, mas o Balé não sai da gente. Já faz oito anos que saí, mas toda vez que os assisto as lembranças são ativadas. A exposição traz recortes de grandes momentos, como as viagens internacionais, turnês pela Europa e Brasil afora. Essa também é uma boa oportunidade de reencontrar velhos amigos", afirmou.
Economia criativa - Na feirinha de exposições, além do artesanato a criatividade predomina nos estandes de desenho, na habilidade manual das trançadeiras e na culinária regional. De acordo com Stefani Henrique, diretor da Estação Cultural de Icoaraci, as exposições na Feirinha de Economia Criativa movimentaram R$ 13.459,00 no primeiro mês de funcionamento da Estação, o que gera boas expectativas para o segundo ciclo de exposições no espaço, entregue à população pelo governo do Estado em agosto. Além das coreografias, o Balé Folclórico da Amazônia está retratado na exposição aberta até 30 de setembro
"Creio que o primeiro mês foi muito bom para os comerciantes. O público ainda está sendo formado, mas o movimento está bom e promete melhorar", informou Maria Luiza, do Coletivo Pretas Paridas da Amazônia.
Outro empreendedor que está otimista com o crescimento das vendas no local é Murilo Miranda, que expõe produtos na barraca Economia Solidária. "Nesta barraca trabalhamos com produtos orgânicos e também aqueles de menor valor calórico. Temos uma imensa variedade gastronômica local. A gente aposta em diversificar e, ao mesmo tempo, trazer pratos originais", disse Murilo.